quinta-feira, 19 de julho de 2012

Quinta Família



Animais e crianças: Uma combinação perfeita



A relação entre o homem e os animais domésticos é muito antiga, data de milhares de anos. O estudo dos papéis desempenhados pelo animal de estimação na relação com os homens, bem como os desejos projetados por estes sobre os animais podem trazer importantes conhecimentos. Principalmente no que diz respeito a educação das crianças.

Quando a criança começa a crescer e sensibilizar suas relações de afeto, os objetos passam a ser substituídos por seres vivos. De todos os animaizinhos de estimação o mais comum e que mais se interage com o ser humano é o cão. Com ele a criança pode brincar, correr, explorar o ambiente e vivenciar novas experiências. Há um ganho significativo aqui: a criança não mais interage com total poder sobre o objeto de afeição e suas ações provocam reações. O cachorrinho pode correr para apanhar o objeto lançado, pode rosnar e até morder. Ele reage ao carinho, abana o rabo, pula...e agride, se maltratado. Além da relação de afeto que se desenvolve, do estímulo motor, do tocar, do sentir, do explorar o corpo do animal e observar suas reações, muitos conhecimentos são adquiridos, do campo psicológico ao campo científico.




Ter um animal também requer cuidados e estes cuidados, orientados pelo adulto, estimulam a autonomia e a responsabilidade. Cuidar da limpeza do bichinho e do seu habitat, cuidar da sua alimentação, dividir o seu pão e lhe oferecer um pedaço do seu biscoito, medicá-lo quando necessário, também favorece o desenvolvimento do vínculo afetivo e a lidar com os mais diversos sentimentos, da frustração à alegria e até à morte. E nesta relação entre a vida e a morte que o animal de estimação têm um papel muito importante, a criança aprende lidar com a perda, com a dor. Um risco que todos correm e queremos evitar e poupar, mas o ciclo da vida está aí, mostrando a ordem natural das coisas.

Nesta convivência tão saudável e necessária, a criança está aprendendo e desenvolvendo suas relações afetivas para o futuro, influenciando na sua forma de se relacionar com as outras pessoas e respectivos parceiros, com segurança, compreensão, aceitação e respeito.

Se no mundo das artes encontramos lugar para o desenvolvimento da criatividade e do auto conhecimento, é no mundo da natureza que a criança desenvolve a sensibilidade, a observação, a compreensão e os sentimentos de solidariedade, generosidade, zelo, afeto e carinho.



Sou feliz porque tenho um cachorro! =)

• A criança que convive com animais, é mais afetiva, repartindo suas coisas, é generosa e solidária, demonstra maior compreensão dos fatos, é crítica e observadora, se sensibiliza mais com as pessoas e as situações.

• Apresenta autonomia, responsabilidade, preocupação com a natureza, com os problemas sociais, desenvolve boa auto-estima.

• Relaciona-se com desembaraço com os amigos, tornando-se mais sociável, cordial e justa. Sabe respeitá-los.

• Desenvolve sua personalidade de maneira equilibrada e saudável, sem mais facilidade para lidar com a frustração, liberta-se do egocentrismo.

• Desde os cuidados com aquela planta do vaso da sala aos cuidados com o bichinho que escolheu para ser seu, a criança está desenvolvendo uma nova consciência, onde o meio-ambiente, as questões ecológicas do momento e as questões sociais, políticas e econômicas do mundo, sob uma outra ótica, contará com a colaboração de verdadeiros cidadãos.

E mais:

• Pacientes autistas foram “despertados” de seu estado constante derecolhimento na presença e o convívio com animais.

• Nos lares de pessoas idosas, a presença de um animal aumenta as expectativas de vida.

• A equoterapia (terapia complementar com auxílio de cavalos) é utilizada no desenvolvimento psicomotor de portadores da síndrome de Down e outras deficiências neuropsicomotoras congênitas ou adquiridas.

• Os animais são indicados para pessoas com deficiências sensoriais (cegos e surdos), dificuldades de coordenação motora (ataxia), atrofias musculares, paralisia cerebral, distúrbios comportamentais e outras afecções.

• O cachorro é capaz de pressentir antecipadamente as “convulsões” características da epilepsia quer seja do ser humano ou de outro animal.

• Todos os procedimentos científicos e técnicos vêm confirmar a relação afetiva que os animais são capazes de estabelecer com as pessoas. Além disso, é muito importante lembrar que todos nós interagimos no mesmo ecossistema.

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